quarta-feira, 1 de abril de 2015

Síntese da 2ª tertúlia com gravação aúdio

A 2ª Tertúlia, com o Professor David Justino, que se realizou em Aveiro no passado dia 19 de março de 2015 teve a participação de 32 pessoas inscritas. Globalmente foi seguido o programa proposto.
A seguir apresentam-se as ideias centrais proferidas na sua intervenção inicial. A gravação integral da mesma está disponível no final.
A intervenção do Professor David Justino processou-se em ambiente “descontraído” e de forma “coloquial”. A conversa centrou-se na discussão de três grandes temáticas que o autor reputou de centrais para a política educativa nos próximos anos:
·      Evolução demográfica em Portugal;
·      Eficácia e a eficiência da educação em Portugal;
·      Importância dos professores e as políticas de formação inicial e contínua.
Foram equacionados alguns problemas demográficos e de forma especial os seus feitos na rede escolar. Após a sua abordagem numa perspetiva histórica, centrou a análise no facto desses efeitos se manterem na atualidade e se condicionarem no futuro próximo.
Para além da territorialização dos efeitos demográficos na rede Escolar, foram abordados também os efeitos sobre o nível das necessidades de professores e a consequente regulação da sua oferta, isto é, da sua formação inicial.
A segunda ordem de questões problemáticas com as quais o sistema educativo terá de se debater é a “eficácia” e a “eficiência” (ou falta delas) no sentido da maximização dos objetivos pela racionalização dos recursos materiais e humanos. O Prof. David Justino fez realçar os processos de ensino-aprendizagem como área de grandes disfunções, produtores de maus resultados escolares traduzidos pelas elevadas taxas de “retenção” e de abandono escolar de muitos jovens, com reflexos não apenas numa perspetiva individual mas também económica e social.
Por último equacionou, de forma crítica, a formação de professores (inicial e contínua) e a necessidade de se repensar todo o processo, desde a seleção dos novos professores ao modo como a formação deve ocorrer. Neste sentido, avança com a ideia de a formação académica se separar da formação profissional. Se a primeira deve ser da responsabilidade das universidades e dos politécnicos, a segunda deve ser deixada ao “Estado empregador”.

Na fase das intervenções dos participantes foram apresentadas diferentes questões sobre as três temáticas e outras relacionadas, as quais podem ser ouvidas na parte final da segunda gravação seguinte.

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